Gene Simmons sobre Justin Bieber: “é talentoso”, mas faz “música de menininha”

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2017 15h58
AgNews Kiss foi a última banda a tocar no domingo (27)

O baixista do Kiss, Gene Simmons, recentemente deu uma longa (e polêmica) entrevista à Rolling Stone norte-americana. A íntegra foi publicada nesta segunda-feira (25) e revela as opiniões  do músico sobre assuntos bastante variados, entre eles o atual cenário do rock’n’roll e o sucesso de astros teens, como o canadense Justin Bieber.

“Ele é novo. Tudo bem cometer erros quando você é jovem. Apenas fique longe de bebida e drogas que o resto é apenas comportamento idiota. Não há como negar que ele é talentoso. Assim que começar a fazer música séria ao invés de música de menininha, acho que todos nós ficaremos surpresos. O garoto toca instrumentos, canta, é bonito, dança. Ele pode fazer coisa melhor, mas, olha, é jovem, as meninas o adoram, então não tem nada de errado nisso”, disse, questionado sobre o que pensava sobre o cancelamento da turnê Purpose.

“Mas se uma turnê de estádios está com ingressos esgotados e ele não é mais capaz fisicamente de se apresentar…”, diz o repórter. “Você está falando com uma banda que nunca cancelou nada, sempre aparecemos no horário combinado”, disparou Simmons.

O baixista ainda falou sobre o atual cenário da música mundial. Disse ser fã do gênero pop e declarou que, para ele, a era das grandes bandas já não existe mais e o rock está morto.

“Vou te perguntar uma coisa, de 1988 até hoje, quem são os novos Beatles?”, pergunta o entrevistado. “Eu diria Pearl Jam ou Radiohead”, retruca o entrevistador. “Espera aí, você está falando com um grande fã. Mas se Thom Yorke (vocalista do Radiohead) andar pelas ruas de Pasadena, o que vai acontecer? Eu já estive na rua com Dave Grohl e ninguém percebeu. E olha que ele já era uma estrela. Estrela de verdade foi Prince. Dava para vê-lo a um quilômetro de distância (…). O sistema está quebrado. As novas bandas de rock são frágeis. São como bebês. Se moram no porão de suas mães e precisam trabalhar para viver, o que acontece atualmente, não vai rolar. Sim, o rock morreu. Não que não possa voltar à vida, mas o mercado morreu. Sabe o que não morreu? Pop. Black music. Rap. Country”, finalizou.

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